Este será o ultimo post que será apresentado no trabalho, porém tenho certeza que alguns integrantes do grupo continuarão a postar no blog, com o objetivo de realmente falarem de algo que gostam e se indentificam, pois nem todos tinham como objetivo alcançar uma boa nota.
Agradeço a todos aqueles que contribuiram até aqui para o desenvolviemto do trabalho proposto.
Principalmente aos motociclistas que nós forneceram material para postar.
Gratos,
Grupo Sob Duas Rodas!!!
11 de jun. de 2010
9 de jun. de 2010
6 de jun. de 2010
Acerca da nossa ida no Rock na Rua
Antes de mais nada, a Constituição do Brasil outorgada em 1988 me garante que:
Art. 5º:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Art. 220º A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Isto posto, eu vou explicar por que eu não fui no Rock na Rua (30/05/2010).
Tal evento foi em um domingo e eu tinha que entregar uma trabalho da matéria Pesquisa de Opinião e Mercadologia na segunda que se seguia imediatamente ao dia do Rock na Rua.
Como tudo na vida, a gente tem que aprender a priorizar. Então eu priorizei o meu trabalho de faculdade que deveria ser entregue no dia 31/05/2010, invariavelmente.
(Não sei se vem ao caso dizer, mas eu passei boa parte do domingo e segunda-feira INTEIRA terminando o relatório (parte escrita) desse trabalho).
Então, por causa disso, eu deixei de ir no Rock na Rua.
Mas, porém, contudo, todavia, entretanto...
Quando finalmente chega a hora da aula, um aviso na lousa da minha sala diz que teremos palestra nas primeiras aulas e que a apresentação do trabalho será feita após o intervalo.
Até aí, tudo bem, né?
Fomos e assistimos à excelente palestra.
Quando voltamos até a nossa sala...
Depois de MUITO tempo, o professor aparece e nos diz as seguintes palavras:
"Votação! Quem quer apresentar [o trabalho] na semana que vem?"
Os desesperados que não haviam terminado o trabalho, aqueles que detestam apresentações de trabalho e aqueles que ainda queriam dar uma incrementada em seu trabalho escrito votaram a favor e eram a grande maioria, então, assim ficou decidido.
Porém, em e-mails trocados com o professor, ele simplesmente me disse que vai corrigir todos os trabalhos depois das apresentações, o que configura NENHUMA consideração com aqueles que atenderam ao prazo correto e, antes disso, é privilegiar aqueles que não se preocuparam o suficiente com tal trabalho e que não o tinha pronto para entrega no prazo correto.
Obs.: a apresentação desse trabalho, agora, é amanhã.
Eu gostaria de explicar que fiz esse post a parte para não ter de SUJAR o post sobre o Rock na Rua com essa postura inadmissível de "certas pessoas".
"Ué, mas você não disse que não tinha ido no Rock na Rua?"
Sim, é verdade. E por não saber o que rolou lá que esse post vai ser em forma de protesto, contendo apenas o título e os créditos nele escrito.
"Foi , foi , foi mal aí, véi! Se eu falei um monte de coisa que você não gosta!
(...)
A livre expressão é o que constrói uma nação, independentemente da moeda e sua cotação/
Deixa eu falar, filha-da-pi!!! Pi-Expressão!!"
Referência da música "Deixa eu Falar" dos Raimundos.
E viva o politicamente correto, que não deixa nem a rainha do País das Maravilhas do gibi da Turma da Mônica Jovem dizer "Cortem-lhe a cabeça!".
Postado por: Nicolle Bizelli
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28 de mai. de 2010
Nossa ida no Ibira Moto Point
Este é o post que todos esperavam!!!
Não?! Poxa... Mas vamos lá!
No dia 4 de maio de 2010, nós, eu, a Carol e o Dennys fomos no Ibira Moto Point.
Muito da hora!!!
A banda que estava tocando ao vivo chama-se Creedencial e, logicamente, tocava músicas do Creedance Clearwater Revivel. Pouco empolgante??
Não?! Poxa... Mas vamos lá!
No dia 4 de maio de 2010, nós, eu, a Carol e o Dennys fomos no Ibira Moto Point.
Muito da hora!!!
A banda que estava tocando ao vivo chama-se Creedencial e, logicamente, tocava músicas do Creedance Clearwater Revivel. Pouco empolgante??
Então...Lá, vimos motos de tudo que é jeito, tiramos fotos delas e de motociclistas...




Ganhei até adesivo de alguns motociclista que eu tirei foto, muito legal!!!
Aproveito a oportunidade para agradecer o Karniceiros MC, o Entreamigo Moto Turismo e o Abelhas do Asfalto MC pelos adesivos!Lá também entramos em contato com o jornal MOTO VRUM, que é especializado em motos.
Ha!!! Uma coisa que nos chamou muito a atenção é o ambiente família que ocorre no motos clubes e que pudemos observar naquele dia!

Algumas fotos de acessórios e CDs que tinha lá:

É claro que eu aproveitei e comprei alguns botons para mim.(Quem dera eu tivesse mais dinheiro naquele dia!)
Gente, é a coisa mais fácil do mundo tirar foto de motociclista.
É só chegar neles e pedir para tirar foto do brasão que tem no colete. Tem alguns que pedem para tirar foto da frente (rosto) também!
"Tira de frente também, se não, ninguém vai saber quem é!"Teve até um caso curioso: eu pedi para tirar foto de dois motociclistas e quando os outros componentes do mesmo moto clube viram, eles foram se "enfiando" para sair na foto também!
Agradeço a todos!!! São muito gentis!!!
Tinha só esses dois...
Aí apareceram outros dois!!! (Os que agora estão de frente são os que estão de costas na foto anterior).Outras fotos:





A Carol e o amigo dela!!!É isso aí!
Foi muito legal!!!
O próximo Ibira Moto Point vai ser em 01/06/2010.
Sempre no Ibirapuera, São Paulo/SP.
Não deixem de ir!!!
Esse domingo (30/06/2010) eu vou no Rock na Rua!!!
Esse também é um evento promovido por moto clubes e tem música ao vivo.
Para entrar é necessário doar 1kg de alimento ou 1 agasalho, afinal, ser motociclista também envolve ter responsabilidade social!
O Rock na Rua é um evento que é feito na rua mesmo. O motivo de ser feito na rua é para não limitar o espaço: as pessoas ficam na rua, na calçada, em uma rua próxima ou, até mesmo, na janela de sua casa. É para ter mais cara de um evento aberto. E também para não ter custos com aluguel de salão.
"Evento beneficente com Churrasco 0800 a partir das 10h"!!!Depois eu conto para vocês!
Postado por: Nicolle Bizelli
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MOTOCICLISTA ou MOTOQUEIRO
Lembre-se destas frases:
A moto você pode até comprar.
O espírito não.
Algumas verdades:
* há motociclistas fora da lei também (inclusive a história do motociclismo começou com os foras da lei pilotando Indians e Harleys no sudeste Americano)
* há motociclistas que usam a moto a trabalho também
* enquadramos nestas categorias também quem anda de triciclo
* nem todo mundo que anda de triciclo é motociclista
* metade dos motoqueiros pensa que é motociclista
* a outra metade nem sabe o que é um motociclista
* um motociclista tem sua moto como fiel acompanhante
* um motociclista dispensa mulheres para ficar com a moto
A questão do respeito é determinante neste assunto. O Motoqueiro não respeita nada que trafegue sobre 4 rodas ou mais, ou a pé. O Motociclista respeita quem não desmerece o seu respeito.
Há uma outra categoria também: a dos motociclistas sem moto.
Hoje é grande o número de moto clubes que utilizam carros de apoio, sempre pilotados por motociclistas integrantes do moto clube. Mas este é um outro assunto.
Uma curiosidade: Os ABUTRES 1% MC e os HELLS ANGELS 1% MC são declaradamente foras da lei (é esse o significado do 1%) e mesmo assim são motociclistas, sem dúvidas.
Em suma, mais do que o tipo de moto e as suas atitudes, há o seu espírito.
Fonte: Presto Maledetto MC
Adaptado do que foi publicado em: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080115044143AAQDKv1
Material indicado para o Sob Duas Rodas por Paulo Cuba.
Postado por: Nicolle Bizelli
A moto você pode até comprar.
O espírito não.
Algumas verdades:
* há motociclistas fora da lei também (inclusive a história do motociclismo começou com os foras da lei pilotando Indians e Harleys no sudeste Americano)
* há motociclistas que usam a moto a trabalho também
* enquadramos nestas categorias também quem anda de triciclo
* nem todo mundo que anda de triciclo é motociclista
* metade dos motoqueiros pensa que é motociclista
* a outra metade nem sabe o que é um motociclista
* um motociclista tem sua moto como fiel acompanhante
* um motociclista dispensa mulheres para ficar com a moto
A questão do respeito é determinante neste assunto. O Motoqueiro não respeita nada que trafegue sobre 4 rodas ou mais, ou a pé. O Motociclista respeita quem não desmerece o seu respeito.
Há uma outra categoria também: a dos motociclistas sem moto.
Hoje é grande o número de moto clubes que utilizam carros de apoio, sempre pilotados por motociclistas integrantes do moto clube. Mas este é um outro assunto.
Uma curiosidade: Os ABUTRES 1% MC e os HELLS ANGELS 1% MC são declaradamente foras da lei (é esse o significado do 1%) e mesmo assim são motociclistas, sem dúvidas.
Em suma, mais do que o tipo de moto e as suas atitudes, há o seu espírito.
Fonte: Presto Maledetto MC
Adaptado do que foi publicado em: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080115044143AAQDKv1
Material indicado para o Sob Duas Rodas por Paulo Cuba.
Postado por: Nicolle Bizelli
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sob duas rodas
Entrevista com o motoqueiro João Sant'Anna

João da Cruz Sant'Anna Filho, 47, é motoqueiro e quer comprar uma "7 galo".
Veja na sequência a entrevista que ele nos concedeu:
1. Por que você anda de moto (invés de carro)?
R.: O verdadeiro motoqueiro só anda de moto. Carro só se for carona.
Ser motoqueiro é um modo de vida, uma filosofia ou um estilo. Imagine-se planejando uma viajem, o que levar, o caminho, as condições do veículo, o custo com combustível, etc... Só que, para o motoqueiro, só vai se for possível ir de moto, se não for assim, não vai e ponto final.
Importante: Você pode andar de moto o dia inteiro, como entregador, motoboy, piloto ou policial, mas mesmo assim você pode não ser motoqueiro.
Se o que você faz com a moto for por obrigação/trabalho, e no final do dia vai embora de carro ou de ônibus, então você não é motoqueiro. Motoqueiro tem moto e fim de papo!
Eu já fui motoqueiro... Já fiz viajem incríveis de moto. Hoje, devido ao meu trabalho, viajo mais de carro e a moto fica parada...
2. Há quanto tempo você é motoqueiro? Por que começou?
R.: Comprei minha primeira moto com 19 anos, uma DT 180 toda equipada para trilhas, depois de 4 meses com ela fiz uma viajem de 450 km, só parando para abastecer. Pouca gente fez isso, com uma moto 2 tempos. Descobri que estava no sangue. Eu sempre andei muito de bicicleta, muito mesmo, e pra pular pra moto foi fácil. Talvez foi por isso que as motos sempre me atraíram.
3. Anda de carro também? Pretende passar a andar somente de carro?
R.: A minha moto atual não me agrada nem um pouco, devido à falta de potência. Se não puder comprar uma “7 galo” (na minha época a 750 cc era chamada assim), vou andar só de carro.
4. Você tem uma forma peculiar de se vestir por causa da moto? Se sim, qual?
R.: Motoqueiro, quando vai pra pista, tem que usar uma jaqueta, de preferência de couro, devido a tombos... e luvas pro frio. Vejo algumas pessoas com verdadeiros uniformes ou trajes "espaciais". Acho um exagero ou forma de chamar a atenção, mas de forma alguma o verdadeiro motoqueiro chama a atenção com a roupa. Entende? (igual ao Pelé)*.
5. Você vai a algum evento de moto clube? Qual? Como obtém informações sobre eles?
R.: Já fui em muitos eventos: corridas de motocross, encontros de motoqueiros, como o de Barretos, o qual só perde em tamanho para o das Harleys nos USA, se bem que a crise financeira pode fazer a Harley fechar, uma pena. A divulgação acorre através dos motoclubes, internet (hoje) e cartazes em postos de gasolina...
6. Você levaria sua família a esses eventos? Por quê?
R.: Este é um problema. Só se o resto da família for de carro e aí, não dá pra curtir a viajem. Você vai querer ir acompanhando o carro, e sua mulher vai dirigindo... Já pensou? Hahahahahahaha. É melhor não. Brincadeira...
Sempre vejo casais indo à encontros, viajando sempre com várias motos juntas... É bacana, mas e as crianças???
7. Gostaria de fazer parte de algum moto clube? Por quê?
R.: É claro que sim, é uma forma de fazer amigos, de viajar juntos, se bem que gosto de viajar sozinho também.
Às vezes os encontros são mais dentro de casa do que na estrada... Mas é sempre bom. Hoje eu não faço parte de nenhum.
8. Que estilo de música você gosta? Seu gosto mudou por causa da moto?
R.: Isso é interessante. Não dá pra ouvir música na moto não é mesmo? Mas a referência musical do motoqueiro é o bom e velho rock, dos anos 60/70, de preferência. Por causa da influência dos filmes americanos do tipo easy rider. Por outro lado, os motoqueiros de motos japonesas de hoje são do tipo velozes e furiosos, e aí acho que curtem música eletrônica, uma coisa sem cabimento, hahahahahahahahaha... O mundo está perdido...
Eu sempre ouvi rock antigo, os clássicos do tipo Kiss FM e também os desconhecidos que só eu sei onde achar... Mas acho que a moto não me levou a isso e, pensando bem, os outros motoqueiros com quem costumava viajar não eram muito rockeiros...
9. O que a moto significa para você?
R.: Hoje eu tenho a moto mais como uma lembrança boa, ela ainda está na garagem, mas minha relação com ela mudou, o mundo mudou. Passear sozinho não faz mais sentido pra mim! E o resto da família?
Quando vou pra São Paulo e ouço as buzinas dos Boys, fico com um nó na garganta. Acho que é a mesma sensação do inventor do avião vendo seu projeto sendo usado pra guerra. Uma distorção do uso da moto, aliás milhares de pequenas motos... Uma visão do inferno... Ou de uma cidade da China... hahahahahahahahaha.
10. O que a sua família pensa em relação a você andar de moto?
R.: Pois é! Minha esposa e filhos (pequenos) gostam de andar comigo... Mas um de cada vez? É chato, não é? Eu ia trabalhar de moto, quando atendia clientes na minha cidade [Mirassol e São José do Rio Preto - ambas no interior de são Paulo], achava mais prático e barato... Mas e a chuva e poças, e se o notebook cair no chão? ...e se o notebook e eu caírem no chão? Uma trajédia... Entende? (Gisele)*.
11. Você já sofreu algum preconceito por andar de moto?
R.: Meu sogro era contra motos, eu tinha que sair escondido com aquela que se tornaria a minha atual esposa. Fora isso, acho que não.
12. Qual sua filosofia de vida?
R.: Pensar, falar e agir incomodando o menos possível as outras pessoas... Saber contornar os problemas com sabedoria, evitar os becos sem saída e usar boas alternativas sempre que possível!
13. Você trabalha/estuda em áreas que tenham a ver com motos? Se sim, qual área?
R.: Hoje trabalho com venda de peças e acessórios para veículos. Alguns itens são para motos, como câmaras de ar, bicos para pneus e parafusos de roda, mas não é minha linha central de produtos. O mercado mundial de motos está sendo invadido pela China. Talvez a sua próxima moto seja chinesa... Decadência total. hahahahahaha.
14. Conte-nos um caso curioso que aconteceu com você em relação à moto!
R.: Em 1992 comprei uma Honda CB 400 em Belo Horizonte/MG e fui para São José do Rio Preto/SP, são mais ou menos 900 km, mesmo indo devagar, ia fazer o percurso durante o dia. No trevo de Araxá meu pneu dianteiro furou e quase cai. Quando parei, notei um carro do outro lado da estrada também parando e um camarada saiu e foi me dizendo que também tinha uma moto igual e ia me ajudar a concertar o pneu. Fui com ele até seu sítio próximo, e com suas ferramentas desmontei o pneu, daí ele me levou pro borracheiro, que disse alguma coisa sobre minha câmara de ar ser imprestável. Como já era 18:30hs, o meu novo amigo motoqueiro disse: - Conheço um hotel bem barato, você fica até amanhã cedo, eu te levo na loja e com a câmara nova você segue viajem. E foi como aonteceu. No dia seguinte, às 9:00hs, a moto já estava pronta. Dá pra acreditar? Acho que este camarada não existia, só estava ali pra me ajudar, tipo anjo da guarda, entende? (Pelé e Gisele juntos)*.
[*Referência da propaganda: http://www.youtube.com/watch?v=0w3YNyfF-z0]
15. Gostaria de fazer algum comentário?
R.: Hoje, 26/05/2010, às 19:00hs, um motoqueiro se chocou de frente com uma carreta na rodovia bem perto da minha casa. Muito chocante? Na realidade, não.
• O modo displicente e amador com que as auto-escolas formam os futuros motoqueiros é um absurdo!
• A moto pequena é uma opção barata como meio de transporte, mas as ruas e estradas do Brasil e os motoristas não estão adaptados para essa realidade.
Que isso não sirva para desencorajá-los de ser motoqueiro, mesmo porque quem nasce assim, já é! Então se você for um, tome cuidado e seja feliz!!!
Veja na sequência a entrevista que ele nos concedeu:
1. Por que você anda de moto (invés de carro)?
R.: O verdadeiro motoqueiro só anda de moto. Carro só se for carona.
Ser motoqueiro é um modo de vida, uma filosofia ou um estilo. Imagine-se planejando uma viajem, o que levar, o caminho, as condições do veículo, o custo com combustível, etc... Só que, para o motoqueiro, só vai se for possível ir de moto, se não for assim, não vai e ponto final.
Importante: Você pode andar de moto o dia inteiro, como entregador, motoboy, piloto ou policial, mas mesmo assim você pode não ser motoqueiro.
Se o que você faz com a moto for por obrigação/trabalho, e no final do dia vai embora de carro ou de ônibus, então você não é motoqueiro. Motoqueiro tem moto e fim de papo!
Eu já fui motoqueiro... Já fiz viajem incríveis de moto. Hoje, devido ao meu trabalho, viajo mais de carro e a moto fica parada...
2. Há quanto tempo você é motoqueiro? Por que começou?
R.: Comprei minha primeira moto com 19 anos, uma DT 180 toda equipada para trilhas, depois de 4 meses com ela fiz uma viajem de 450 km, só parando para abastecer. Pouca gente fez isso, com uma moto 2 tempos. Descobri que estava no sangue. Eu sempre andei muito de bicicleta, muito mesmo, e pra pular pra moto foi fácil. Talvez foi por isso que as motos sempre me atraíram.
3. Anda de carro também? Pretende passar a andar somente de carro?
R.: A minha moto atual não me agrada nem um pouco, devido à falta de potência. Se não puder comprar uma “7 galo” (na minha época a 750 cc era chamada assim), vou andar só de carro.
4. Você tem uma forma peculiar de se vestir por causa da moto? Se sim, qual?
R.: Motoqueiro, quando vai pra pista, tem que usar uma jaqueta, de preferência de couro, devido a tombos... e luvas pro frio. Vejo algumas pessoas com verdadeiros uniformes ou trajes "espaciais". Acho um exagero ou forma de chamar a atenção, mas de forma alguma o verdadeiro motoqueiro chama a atenção com a roupa. Entende? (igual ao Pelé)*.
5. Você vai a algum evento de moto clube? Qual? Como obtém informações sobre eles?
R.: Já fui em muitos eventos: corridas de motocross, encontros de motoqueiros, como o de Barretos, o qual só perde em tamanho para o das Harleys nos USA, se bem que a crise financeira pode fazer a Harley fechar, uma pena. A divulgação acorre através dos motoclubes, internet (hoje) e cartazes em postos de gasolina...
6. Você levaria sua família a esses eventos? Por quê?
R.: Este é um problema. Só se o resto da família for de carro e aí, não dá pra curtir a viajem. Você vai querer ir acompanhando o carro, e sua mulher vai dirigindo... Já pensou? Hahahahahahaha. É melhor não. Brincadeira...
Sempre vejo casais indo à encontros, viajando sempre com várias motos juntas... É bacana, mas e as crianças???
7. Gostaria de fazer parte de algum moto clube? Por quê?
R.: É claro que sim, é uma forma de fazer amigos, de viajar juntos, se bem que gosto de viajar sozinho também.
Às vezes os encontros são mais dentro de casa do que na estrada... Mas é sempre bom. Hoje eu não faço parte de nenhum.
8. Que estilo de música você gosta? Seu gosto mudou por causa da moto?
R.: Isso é interessante. Não dá pra ouvir música na moto não é mesmo? Mas a referência musical do motoqueiro é o bom e velho rock, dos anos 60/70, de preferência. Por causa da influência dos filmes americanos do tipo easy rider. Por outro lado, os motoqueiros de motos japonesas de hoje são do tipo velozes e furiosos, e aí acho que curtem música eletrônica, uma coisa sem cabimento, hahahahahahahahaha... O mundo está perdido...
Eu sempre ouvi rock antigo, os clássicos do tipo Kiss FM e também os desconhecidos que só eu sei onde achar... Mas acho que a moto não me levou a isso e, pensando bem, os outros motoqueiros com quem costumava viajar não eram muito rockeiros...
9. O que a moto significa para você?
R.: Hoje eu tenho a moto mais como uma lembrança boa, ela ainda está na garagem, mas minha relação com ela mudou, o mundo mudou. Passear sozinho não faz mais sentido pra mim! E o resto da família?
Quando vou pra São Paulo e ouço as buzinas dos Boys, fico com um nó na garganta. Acho que é a mesma sensação do inventor do avião vendo seu projeto sendo usado pra guerra. Uma distorção do uso da moto, aliás milhares de pequenas motos... Uma visão do inferno... Ou de uma cidade da China... hahahahahahahahaha.
10. O que a sua família pensa em relação a você andar de moto?
R.: Pois é! Minha esposa e filhos (pequenos) gostam de andar comigo... Mas um de cada vez? É chato, não é? Eu ia trabalhar de moto, quando atendia clientes na minha cidade [Mirassol e São José do Rio Preto - ambas no interior de são Paulo], achava mais prático e barato... Mas e a chuva e poças, e se o notebook cair no chão? ...e se o notebook e eu caírem no chão? Uma trajédia... Entende? (Gisele)*.
11. Você já sofreu algum preconceito por andar de moto?
R.: Meu sogro era contra motos, eu tinha que sair escondido com aquela que se tornaria a minha atual esposa. Fora isso, acho que não.
12. Qual sua filosofia de vida?
R.: Pensar, falar e agir incomodando o menos possível as outras pessoas... Saber contornar os problemas com sabedoria, evitar os becos sem saída e usar boas alternativas sempre que possível!
13. Você trabalha/estuda em áreas que tenham a ver com motos? Se sim, qual área?
R.: Hoje trabalho com venda de peças e acessórios para veículos. Alguns itens são para motos, como câmaras de ar, bicos para pneus e parafusos de roda, mas não é minha linha central de produtos. O mercado mundial de motos está sendo invadido pela China. Talvez a sua próxima moto seja chinesa... Decadência total. hahahahahaha.
14. Conte-nos um caso curioso que aconteceu com você em relação à moto!
R.: Em 1992 comprei uma Honda CB 400 em Belo Horizonte/MG e fui para São José do Rio Preto/SP, são mais ou menos 900 km, mesmo indo devagar, ia fazer o percurso durante o dia. No trevo de Araxá meu pneu dianteiro furou e quase cai. Quando parei, notei um carro do outro lado da estrada também parando e um camarada saiu e foi me dizendo que também tinha uma moto igual e ia me ajudar a concertar o pneu. Fui com ele até seu sítio próximo, e com suas ferramentas desmontei o pneu, daí ele me levou pro borracheiro, que disse alguma coisa sobre minha câmara de ar ser imprestável. Como já era 18:30hs, o meu novo amigo motoqueiro disse: - Conheço um hotel bem barato, você fica até amanhã cedo, eu te levo na loja e com a câmara nova você segue viajem. E foi como aonteceu. No dia seguinte, às 9:00hs, a moto já estava pronta. Dá pra acreditar? Acho que este camarada não existia, só estava ali pra me ajudar, tipo anjo da guarda, entende? (Pelé e Gisele juntos)*.
[*Referência da propaganda: http://www.youtube.com/watch?v=0w3YNyfF-z0]
15. Gostaria de fazer algum comentário?
R.: Hoje, 26/05/2010, às 19:00hs, um motoqueiro se chocou de frente com uma carreta na rodovia bem perto da minha casa. Muito chocante? Na realidade, não.
• O modo displicente e amador com que as auto-escolas formam os futuros motoqueiros é um absurdo!
• A moto pequena é uma opção barata como meio de transporte, mas as ruas e estradas do Brasil e os motoristas não estão adaptados para essa realidade.
Que isso não sirva para desencorajá-los de ser motoqueiro, mesmo porque quem nasce assim, já é! Então se você for um, tome cuidado e seja feliz!!!
Postado por: Nicolle Bizelli
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